José Saramago
O escritor português e Prémio Nobel da Literatura em 1998 José Saramago morreu hoje aos 87 anos em Lanzarote.
Os seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não tinha três anos de idade. Toda a sua vida tem decorrido na capital, embora até ao princípio da idade madura tivessem sido numerosas e às vezes prolongadas as suas estadas na aldeia natal.
Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas. No seu primeiro emprego foi serralheiro mecânico, tendo depois exercido diversas outras profissões, a saber: desenhador, funcionário da saúde e da previdência social, editor, tradutor, jornalista.
Publicou o seu primeiro livro, um romance («Terra do Pecado»), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista Seara Nova.
Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal Diário de Lisboa onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do Diário de Notícias.
A partir de 1976 passou a viver exclusivamente da escrita, inicialmente como tradutor, depois como autor.
Em 1980, alcançou notoriedade com o livro «Levantado do Chão», visto hoje como o seu primeiro grande romance. «Memorial do Convento» confirmaria esse sucesso dois anos depois.
Em 1991, publica «O Evangelho Segundo Jesus Cristo», livro censurado pelo Governo - o que levou Saramago a exilar-se em Lanzarote, nas Ilhas Canárias (Espanha), onde viveu até hoje. Foi ele o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prémio Nobel de Literatura, em 1998.
Entre os seus outros livros estão os romances «O Ano da Morte de Ricardo Reis» (1984), «A Jangada de Pedra» (1986), «Ensaio sobre a Cegueira» (1995), «Todos os Nomes» (1997), e «O Homem Duplicado» (2002); a peça teatral «In Nomine Dei» (1993) e os dois volumes de diários recolhidos nos «Cadernos de Lanzarote» (1994-1997).
Deixa como último livro publicado «Caim», que chegou às bancas no ano passado.
Uma enorme perda para o mundo português, e literatura mundial, como comprovam as imensas mensagens de pesar emitidas por todo o mundo, em especial em Espanha, onde o escritor viveu nas últimas duas décadas.
J.R.F.
Uma enorme perda para o mundo português, e literatura mundial, como comprovam as imensas mensagens de pesar emitidas por todo o mundo, em especial em Espanha, onde o escritor viveu nas últimas duas décadas.
J.R.F.






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